TURMA 2024 - PÓS-GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA MÉDICA - INÍCIO EM MARÇO DE2024

Estudo: A Acupuntura atinge o mesmo eixo biológico em ratos que fármacos em seres humanos.

Em cobaias animais, a acupuntura parece impactar os mesmos caminhos biológicos responsáveis por dor e estresse análogos a drogas em humanos.  Uma pesquisa realizada pela Georgetown University Medical Center (GUMC), publicada na revista científica Endocrinology, afirma que o estudo com animais fornece a evidência mais forte até agora sobre a validade desta terapia chinesa antiga em estresse crônico.

” Os benefícios da acupuntura são bem conhecidos por aqueles que utilizam este método, mas estas provas até agora são insuficientes. Esta pesquisa é uma culminação de diversos estudos, demonstrando que a acupuntura pode trabalhar no corpo humano para reduzir o estresse, a dor e até mesmo a depressão” informou a pesquisadora Ladan Eshkevari, Ph.D. e professora associada no departamento de enfermagem e farmacologia e psicologia da GUMC.

“Nós encontramos agora um mecanismo em potencial e este é o ponto de nossa pesquisa, nós precisamos realizar testes com cobaias e com um grupo de controle placebo em seres humanos- a mesma técnica que utilizamos para estudar os efeitos da acupuntura no comportamento de ratos” afirmou Eshkevari. Ela é ainda a diretora assistente do Programa de Anestesia e Enfermagem da Escola de Enfermagem e estudos da saúde de Georgetown.

 Eshkevari e sua equipe descobriram que, aplicando a técnica com eletroacupuntura em um único mas poderoso ponto de acupuntura – o ponto do estômago 36 (St36) –  irá atenuar a atividade no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), o trecho que é associado com dores crônicas, com o sistema imunológico, humor e emoções.  Reduzindo a atividade no HPA por acupuntura reduzimos a produção de homônimos do stress, secretados pelo eixo  que está ligado com a resposta ao stress crônico.

“Alguns antidepressivos e remédios contra  ansiedade, exercem  seus efeitos terapêuticos nos mesmos mecanismos” diz Eshkevari. Ela já demonstrou que pré tratamentos com acupuntura previnem o aumento nos hormônios HPA causados por indução de  stress doloroso em ratos e que os benefícios são longos.

 A série de estudos realizados pela pesquisadora utilizou 4 grupos diferentes de ratos: três grupos de animais estressados- Um grupo que recebeu acupuntura por eletroacupuntura (um instrumento que garante uma igual distribuição da simulação elétrica), aqueles que receberam a falsa acupuntura (realizada em uma área em que não é um ponto de acupuntura), e um terceiro, o grupo placebo que não recebeu nenhum tipo de acupuntura. O grupo de animais estressados foi comparado com um quarto grupo de animais que servia de controle, sem nenhuma exposição ao estresse ou a acupuntura.

O primeiro estudo mimetizou o beneficio experimentado por indivíduos que utilizam da acupuntura regularmente, enquanto o novo estudo observou os benefícios da acupuntura durante um processo de estresse – “Geralmente, é nesses casos que a acupuntura é mais utilizada clinicamente” ressalta Eshkevari.

Os pesquisadores realmente comprovaram que a eletroacupuntura realizada no St36 minutos após uma exposição a dor crónica é efetiva para prevenir a elevação de hormônios estressores assim como o pré tratamento com a acupuntura.

O novo estudo também usou drogas para bloquear a manipulação do sistema HPA pela acupuntura e descobriu que a produção de hormônios estressores era igual em todos os grupos em tratamento. “Isto confirmou que a eletroacupuntura realmente afeta o sistema HPA”, relatou.

Analises comportamentais e de proteínas indicaram que a acupuntura parece prevenir o estresse induzindo a liberação de hormônios, assim como diminui depressão e comportamento ansioso nos ratos”.  Este é o primeiro relatório ligando os efeitos da eletroacupuntura no ST 36 à estresse crônico, depressão induzida e comportamento ansioso em animais” diz Eshkevari

“Este trabalho fornece um modelo para futuros estudos clínicos do beneficio da acupuntura, seja antes ou durante o processo de estresse” afirma a pesquisadora.

Os co-autores deste estudo são  Susan E, Mulroney, PhD, e Rupert Egan,  ambos da GUMC e  Lixing Lao, PhD da Universidade de Hong Kong. Este estudo foi apoiado em parte pela Associação Americana de Enfermeiras Anestesistas, AANA, na sigla em inglês.

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Médico especialista em Acupuntura, formado pela Faculdade de Medicina da USP, com especialização e pós-graduação em Acupuntura na China. Fundador e Coordenador do CEIMEC. Doutorado em Ciências pela USP. Professor Colaborador do Instituto de Ortopedia do HC-FMUSP.

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Especialização em Acupuntura Médica

Reconhecida pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura 

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